Coevolução!
Darwin demonstrou que as orquídeas e insectos co-evoluíram como resultado de complexas relações ecológicas.
Numa parada em Madagáscar, na viagem a bordo do H.S.M. Beagle, observou uma orquídea, de flor branca, Angraecum sesquipedale, com um longo nectário, formulando a hipótese que esta teria de ser polinizada por um insecto, que possuísse mecanismo de forma a extrair o seu néctar. Esta suposição não foi bem aceite pelos seus parceiros, sendo até ridicularizado, vindo-se posteriormente a provar que efetivamente, uma mariposa, Xanthopan morgani praedicta, possuía uma longa probóscide (25 a 28 cm!), que introduzia no receptáculo da orquídea extraindo o seu néctar. Estas duas espécies evoluíram ao mesmo tempo. As mariposas eram dependentes do néctar das orquídeas e as orquídeas eram dependentes das mariposas para espalharem o pólen e poderem-se reproduzir, pelo que o processo de evolução levou a flores profundas e a longas probóscides.
Numa parada em Madagáscar, na viagem a bordo do H.S.M. Beagle, observou uma orquídea, de flor branca, Angraecum sesquipedale, com um longo nectário, formulando a hipótese que esta teria de ser polinizada por um insecto, que possuísse mecanismo de forma a extrair o seu néctar. Esta suposição não foi bem aceite pelos seus parceiros, sendo até ridicularizado, vindo-se posteriormente a provar que efetivamente, uma mariposa, Xanthopan morgani praedicta, possuía uma longa probóscide (25 a 28 cm!), que introduzia no receptáculo da orquídea extraindo o seu néctar. Estas duas espécies evoluíram ao mesmo tempo. As mariposas eram dependentes do néctar das orquídeas e as orquídeas eram dependentes das mariposas para espalharem o pólen e poderem-se reproduzir, pelo que o processo de evolução levou a flores profundas e a longas probóscides.
Em sua obra, “On the Various Contrivances by Which British and Foreign Orchids are Fertilized by Insects”, publicada em 1862, Charles Darwin predisse: “ . . . é surpreendente que qualquer inseto seja capaz de alcançar o néctar . . . Mas em Madagascar deve existir mariposas com probóscides com uma extensão de 25 a 28 centímetros . . . As políneas não poderiam ser coletadas a menos que uma imensa mariposa, com um probóscides maravilhosamente longo tentasse sugar a última gota. Se essa mariposa viesse a se tornar extinta em Madagascar, certamente que o Angraecum também seria extinto . . .”
Category: Botânica, curiosidades
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