A própolis vermelha.

Paula Cruz | 21:18 | 0 comentários



     A própolis vermelha: Dalbergia ecastophyllumHá algum tempo já se sabe que a própolis brasileira é a melhor e a mais rica do mundo.
     O professor Yong Park, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp (considerado autoridade mundial em própolis) classificou 12 grupos dessa substância natural e constatou que ela possui atividades antimicrobianas, anticancerígenas e anti-HIV, para ficar em apenas três exemplos. Mais recentemente, sua equipe descobriu e classificou um 13º grupo, constituído pela chamada própolis vermelha, que ocorre somente no Nordeste do Brasil.
Testes de laboratório comprovaram que a própolis vermelha é capaz de induzir a apoptose (morte programada) em células leucêmicas humanas.
     Os cientistas começaram o trabalho coletando a própolis vermelha em colmeias localizadas nas proximidades da costa e de rios nordestinos. De acordo com o professor Park, foi observado que as abelhas coletavam o exsudato vermelho (uma substância resinosa) da superfície da planta ‘Dalbergia ecastophyllum’, conhecida popularmente como rabo-de-bugio. Então tanto a própolis quanto o exsudato foram analisados e ambos apresentaram similaridade entre seus componentes químicos. Em seguida, os extratos etanólicos das própolis vermelha e verde foram testados, em células leucêmicas humanas. "Ambos demonstraram capacidade de eliminar as células leucêmicas, mas a própolis vermelha apresentou um efeito mais eficaz" afirmam o pesquisador.
     A própolis é uma resina coletada pelas abelhas melíferas de exsudatos de árvores, principalmente resinas de botões florais jovens. Os insetos misturam cera a essa substância, que depois é utilizada para vedar a colmeia, protegendo assim o enxame do ataque de micro-organismos e outros insetos.
     Conforme o professor Park, inicialmente se pensava que a própolis era uma só. Com a realização de diversas pesquisas ao longo dos últimos 16 anos, o pesquisador pôde constatar, no entanto, que a substância varia de acordo com a origem botânica.
     Assim, as resinas coletadas no Sul do país apresentam compostos e propriedades diferentes das extraídas no Nordeste, em razão das características da flora de cada região.

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